Líder religioso é condenado por abusos em terreiro de umbanda em Patos de Minas
No total, foram comprovadas nove vítimas distintas dos abusos mediante fraude
O líder religioso Alex Júnior da Silva, de 33 anos, foi condenado nesta terça-feira (29), a 11 anos e um mês de reclusão, pelo crime de conjunção carnal, mediante fraude, em um terreiro de umbanda em Patos de Minas. A defesa informou que vai recorrer da decisão.
O indivíduo estava preso desde agosto do ano passado, após ser localizado no bairro Sorriso. De acordo com a denúncia, o homem aproveitou a autoridade de líder espiritual para praticar atos libidinosos com seguidoras da prática religiosa africana.
Na decisão consta que “as vítimas foram induzidas ao erro, mediante abuso de confiança e manipulação emocional e espiritual, elementos que viciam o consentimento e tornam ilícita a conduta do agente”. No total, foram comprovadas nove vítimas distintas dos abusos.

Sobre o caso
Alex Júnior da Silva, de 33 anos, era líder religioso do terreiro de umbanda “Tenda de Umbanda Caboclos Sete Ondas”, em Patos de Minas. Em junho de 2023, as vítimas teriam sido persuadidas a seguir uma nova religião africana apresentada por ele, a “Quimbanda”.
Uma das modalidades da religião convencia os frequentadores a alcançar uma maior evolução espiritual por meio de conotações sexuais. No início, Alex teria apresentado um livro, criado por ele mesmo, com rituais relacionados à sensualidade e ao prazer feminino.
Os rituais contavam com práticas como perfurações dos corpos com agulhas, depósito de cera quente sobre os corpos, ingestão de vinho com sangue menstrual e toque nas partes íntimas das vítimas. A denúncia foi realizada por parte do Ministério Público.
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