Ordem judicial para guarda compartilhada termina em prisão e denúncia em Patos de Minas
Segundo a mãe, Daniela do Nascimento, os filhos não querem passar mais tempo com o pai

Uma ordem judicial autorizou a retirada de duas crianças da casa da mãe para o cumprimento de um acordo de guarda compartilhada, em Patos de Minas. No entanto, durante o cumprimento, a mãe alegou ter sido agredida por policiais e denunciou o caso.
A dor de Daniela do Nascimento vai além dos hematomas. A bancária é mãe de dois filhos e enfrenta há anos uma relação conturbada com o ex-marido, de quem está separada há cerca de sete anos e mora em Brasília. A mulher recebeu uma decisão determinando a entrega das crianças.
“O pai não aceita que os filhos não queram estar com ele por mais tempo [...] a gente tentou fazer que o filho tivesse a voz ouvida, mas o pai não aceitou”, disse a mãe.
Agressão
Daniela contou que, durante a abordagem policial, foi agredida pelos militares. Ela relatou que ficou com marcas das agressões pelo corpo e chegou a fazer um boletim de ocorrência para registrar o episódio de violência física, abuso de poder e invasão de domicílio.
“Ele [o tenente] estava extremamente nervoso, bateu o pé na porta da minha casa e, quando viu que eu não ia sair, me pegou pelo pescoço e só me soltou porque eu comecei a esmorecer no colo dele”, relatou Daniela.
Despreparo
De acordo com a bancária, a Polícia Militar permitiu a entrada do ex-marido, acompanhado pelo advogado, a entrar sem autorização no condomínio em que ela mora. Além disso, denunciou o comportamento inadequado e o despreparo da conselheira tutelar.
“A conselheira demonstrou uma falta de habilidade completa para lidar com a situação que envolve crianças e não soube intermediar”, destacou a bancária.
Ordem
Daniela ressaltou que estava disposta a cumprir a ordem judicial, mas não esperava que os filhos fossem retirados de casa da forma como aconteceu. A decisão de guarda compartilhada permanece válida e a bancária demonstrou indignação.
Ao Jornalismo da NTV, o Conselho Tutelar disse que agiu em conformidade com as diretrizes. Já a Polícia Militar afirmou que cumpriu a ordem judicial e, como a mulher se opunha ao cumprimento, recebeu voz de prisão por desobediência.
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