Prefeitura recua e desiste de intervenção para a utilização de leitos no Hospital São Lucas
Segundo o município, falta equipamentos e medicamentos essenciais para a manutenção e suporte da vida
01/03/2021 - 15h00
Menos
de uma semana depois do início da intervenção judicial no Hospital São Lucas, a
prefeitura de Patos de Minas decidiu recuar e suspender à medida que autorizava
a utilização de leitos. A decisão foi comunicada na tarde desta segunda-feira
(1º), e teve como justificativa a falta de equipamentos e medicamentos
essenciais para a manutenção e suporte da vida.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que “falta na unidade, por exemplo, oxímetros, cabos para monitorização multiparâmetros, aparelhos de pressão não invasiva e respiradores, aspirador portátil e desfibriladores”. O texto também diz que foram constatados outros problemas, como fototerapias com poucas lâmpadas e número insuficiente de incubadoras, monitores e ventiladores. “Quanto aos materiais disponibilizados, há falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), medicamentos e insumos médico-hospitalares”, destacou.
De acordo com a publicação, “os técnicos da prefeitura verificaram a falta de itens essenciais para garantir a assistência adequada, entre eles válvula reguladora de oxigênio e ar comprimido, bomba de infusão, cabos de energia e oxímetros nos monitores, estetoscópio e termômetro. Além disso, não há ligação de água para utilização nas máquinas de hemodiálise, e a canalização do vácuo não está funcional”.
Em outro ponto, a SMS chama a atenção para a rede de oxigênio e vácuo do hospital, afirmando que há problemas na distribuição para todos os leitos de UTI. “Há três usinas de produção de oxigênio, no entanto somente uma está produzindo o gás e em quantitativo insuficiente para o número de leitos já existentes, o que justifica a baixa taxa de ocupação. Caso fossem admitidos pacientes com Covid-19, patologia que leva à dependência de oxigênio, haveria sobrecarga na rede de distribuição de gases, o que acarretaria pane e poderia provocar óbitos dos usuários por hipóxia”, diz o relatório.
A nota ainda informa que toda a vistoria foi realizada com a presença de profissionais especializados da Secretaria de Saúde, além de representantes da Superintendência Regional de Saúde, da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Patos de Minas e da presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do portal e são de responsabilidade do autor