Grávida de seis meses foge de casa após ser agredida e ameaçada pelo companheiro em Patos de Minas
Vítima relatou que agressões se intensificaram nos últimos meses; homem foi preso em flagrante
Uma mulher grávida de seis meses precisou fugir de casa na noite deste domingo (20) após ser brutalmente agredida e ameaçada pelo companheiro no Bairro Brasil, em Patos de Minas. O agressor, de 32 anos, foi preso pela Polícia Militar depois que a vítima procurou ajuda na Delegacia da Polícia Civil. Sem ter para onde ir, ela solicitou abrigo temporário.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher chegou à delegacia carregando uma mochila com roupas e relatando dores na barriga. Ela contou que o companheiro havia chegado em casa acompanhado de um amigo, visivelmente embriagado. Irritado por não encontrar uma faca, o homem começou a ofendê-la com xingamentos.
A situação se agravou quando a gestante tentou sair para buscar atendimento médico. O agressor a impediu, empurrando-a de volta para dentro da residência. Em seguida, passou a agredi-la com tapas no rosto, chineladas no rosto e no antebraço esquerdo, além de tentar desferir chutes em sua barriga. A vítima só conseguiu fugir após o amigo do agressor distraí-lo, momento em que saiu escondida.
A mulher, que tem um filho com o agressor e já é acompanhada por uma equipe de prevenção à violência doméstica da Polícia Militar, relatou que as agressões pioraram nos últimos meses. Ela apresentava vermelhidão no braço e foi encaminhada ao Hospital Santa Casa para atendimento médico. Após o ocorrido, aceitou abrigo temporário e agora busca um aluguel social para deixar definitivamente a residência do casal.
O agressor foi localizado pelas guarnições da PM ainda no imóvel. Segundo os militares, ele apresentava sinais de uso de drogas e estava bastante alterado, sendo necessário o uso de algemas após se debater dentro da cela. Durante o trajeto até a delegacia, o homem ameaçou a companheira de morte diversas vezes.
O Formulário Nacional de Avaliação de Risco, preenchido pela vítima, revelou um histórico preocupante: o agressor exerce controle sobre as roupas da companheira, monitora suas interações sociais, já proferiu frases como “se não for minha, não será de mais ninguém” e possui histórico de abuso de álcool, episódios de ideação suicida e dificuldades financeiras.
Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal e violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha.