Polícia Civil investiga suposto sequestro de jovem em Araxá
Jovem alega ter sido torturado, mas não apresentava lesões
Por: Redação PatosJá
Fonte: Polícia Civil - Lorena Teixeira
A Polícia Civil de Araxá investiga um suposto sequestro de um jovem, de 21 anos, em Araxá, na região do Triângulo Mineiro. Segundo a corporação, a vítima alegou ter sido sequestrada, amarrada em uma árvore e submetida à tortura física e psicológica. A ocorrência foi registrada na última sexta-feira (24).
A mãe do jovem relatou que ele teria saído de casa às 9h para trabalhar e, logo após, teria recebido uma mensagem com a palavra “socorro” pelo número do filho, momento do suposto desaparecimento. Durante as diligências para encontrá-lo, o rapaz apareceu na casa da família em torno das 18h.
Em seguida, foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, onde conversou com os policiais sobre o ocorrido. Conforme a vítima, três homens apareceram em um carro, ameaçaram com uma arma de fogo e o obrigaram a ir a uma mata localizada a poucos quilômetros da casa dele.
Incoerência
Na UPA, o jovem disse que teria sido amarrado e sofrido torturas, mas que teria conseguido se soltar das cordas e fugido. Às autoridades, o rapaz disse que não havia se envolvido em nenhuma briga ou discussão. Além disso, ressaltou que não é usuário de drogas, não teria dívidas e que poderia ter sido confundido com outra pessoa.
A partir do depoimento da vítima, os policiais civis, militares e agentes de videomonitoramento de Araxá analisaram o trajeto percorrido pelo jovem. No entanto, as imagens o mostraram caminhando sozinho pelas ruas da cidade e não identificaram o suposto veículo ou os possíveis autores do sequestro.
A corporação ainda informou que o rapaz teria sido submetido a diversos exames que não constataram lesões corporais ou marcas de cordas no corpo. Além disso, não foram identificadas equimoses, escoriações ou lesões de violência brutal que a vítima alegou ter sofrido pelos sequestradores.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, o caminho pelo qual o jovem havia percorrido tinha pessoas, veículos e estabelecimentos comerciais em funcionamento e, com base nas câmeras de segurança, ele permaneceu desacompanhado durante todo o tempo e não pediu ajuda aos populares que estavam nas ruas.
Diante disso, a corporação descartou a existência dos fatos descritos pelo rapaz. Apesar disso, continua com as investigações no sentido de compreender o que, de fato, teria acontecido com ele. A identidade do jovem não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa dele. O espaço está aberto.
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