Morador denuncia abordagem policial na rodoviária de Patos de Minas
Polícia Militar contestou versão e disse que seguiu com os protocolos
Um morador de São Gotardo alegou ter sido vítima de abuso policial na rodoviária de Patos de Minas. Segundo o indivíduo, ele teria sido abordado de forma agressiva após passar a noite no local. A Polícia Militar contestou a versão e afirmou que a abordagem seguiu com os protocolos.
“Se a rodoviária não é um lugar para o cidadão, porque eu mostrei para eles a passagem que eu tinha vindo, como é uma cidade assim”, disse o morador.

Denúncia
O homem, que preferiu não se identificar, relatou que os militares não deixaram que ele ficasse na rodoviária e pediram que ele fosse para outro lugar do município. Conforme a denúncia, um policial teria jogado spray no rosto dele após ele ter pedido para sentar em uma poltrona.
“Ele chegou perto de mim com um negócio dentro de uma bolsa de couro, tirou de uma vez e jogou um jato de spray de pimenta na minha cara”, alegou o homem.
Busca Pessoal
Apesar da denúncia, o comandante da 86° CIA, capitão Jean, contou outra versão. De acordo com o militar, a guarnição teria sido acionada por pessoas que estavam no terminal rodoviário, informando que havia indivíduos fazendo o uso de drogas e perturbando o sossego.
Em seguida, os agentes teriam se deslocado ao local, onde constataram a presença de seis indivíduos. Os militares colocaram os suspeitos em posição de busca pessoal e notaram um senhor de mais idade próximo aos indivíduos, quando pediram para que ele saísse do ambiente.
“Nesse primeiro momento, os policiais foram acatados e esse senhor saiu. No entanto, ainda no momento em que se procedia à busca pessoal, esse senhor retornou nervoso, interferindo no local da abordagem”, explicou o capitão.
Pertences
Diante disso, os policiais utilizaram o spray para acalmar o senhor que estaria progredindo para uma reação à abordagem. O morador disse que foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil, onde assinou um boletim de ocorrência e teria sido liberado sem os pertences pessoais. A corporação nega.
“Me colocaram na viatura, pegaram as minhas coisas, mochila com coberta e botina que eu tinha pagado em São Gotardo, e eu não sei o que fizeram com isso”, contou o indivíduo.
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