Secretaria de Saúde descarta caso da Doença da Vaca Louca em Minas Gerais
Caso de Caratinga, se trata de suspeita de doença neurodegenerativa
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) descartou o caso da Doença da Vaca Louca no estado mineiro. O caso noticiado no município de Caratinga se trata de uma suspeita de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), uma doença neurodegenerativa que afeta o cérebro e não é transmissível.
A doença afeta, geralmente, pessoas entre 55 e 70 anos, em que são mais prevalentes pessoas do sexo feminino. O caso do município de Caratinga trata-se de paciente idoso, de 78 anos, do sexo masculino, com alterações neurológicas. A confirmação definitiva da DCJ só é possível por meio de exame neuropatológico.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram notificados 603 casos suspeitos da DCJ no Brasil, entre os anos de 2005 e 2014, sendo 55 confirmados, 52 descartados, 92 indefinidos e 404 com classificação final ignorada. No entanto, não há informações sobre a quantidade de casos confirmados da doença no Brasil, em 2024.
Os sintomas do idoso não estão sendo relacionados à variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ), que está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como Doença da Vaca Louca. A doença é predominante em pessoas jovens, abaixo dos 30 anos.
o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável pela sanidade dos animais de produção do Estado, ressaltou que não há qualquer suspeita ou investigação da ocorrência de EEB no Estado de Minas Gerais. Vale destacar que a contaminação doença é classificada como insignificante pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa).