Mulher usada como “laranja” acumula dívida de R$ 500 mil e denuncia dono de construtora
Homem teria prometido sociedade com salário de R$ 10 mil e despesas pagas
Uma mulher, de 50 anos, denunciou ter sido usada como “laranja” pelo dono de uma construtora com sede em Patos de Minas. Conforme Sandra Helena Diniz, ela descobriu que acumulava uma dívida de cerca de R$ 500 mil e denunciou que existem outras vítimas lesadas pela empresa.
Sandra Helena é cabeleireira e morava em Brasília, no Distrito Federal, quando recebeu uma proposta de emprego do dono da construtora. Animada com a oportunidade de sociedade, a mulher se mudou para a cidade patense há quatro meses, mas alegou ter sido enganada.
Sandra Helena é cabeleireira e morava em Brasília, no Distrito Federal, quando recebeu uma proposta de emprego do dono da construtora. Animada com a oportunidade de sociedade, a mulher se mudou para a cidade patense há quatro meses, mas alegou ter sido enganada.
“Ele pediu que eu fizesse algumas coisas para ele porque estava com o nome sujo e, nessa época, ele até pediu para que eu fizesse um processo de Limpa Nome, e eu fiz”, disse Sandra.
O dono da Blok Empreendimentos e Construção Civil Ltda., Charles Gutemberg, foi procurado pelo jornalismo da NTV e disse que não gravaria com nossa reportagem sobre o assunto.
Proposta
A delatora explicou que Gutemberg, dono da empresa, teria ido à Brasília e aberto um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) em nome dela. Além de pedir os dados de Sandra, o homem também teria prometido uma sociedade com um salário de R$ 10 mil, mais as despesas pagas.
“Na primeira abertura do CNPJ ele colocou eu e uma namorada dele para sermos sócios, ”, contou a mulher.
De acordo com a cabeleireira, Gutemberg teria dado um desfalque com um empréstimo de R$ 65 mil no nome do irmão da namorada dele, cujo dinheiro o cunhado nunca teria recebido. Desde então, Sandra descobriu que também seria outra vítima do dono da construtora.
Vítimas
Sandra afirmou que diversas pessoas foram prejudicadas e que nem todas as obras foram entregues aos clientes. Mesmo com medo, Sandra resolveu denunciar o caso. Segundo o advogado Thiago Alvez, medidas já foram tomadas.
“Instauramos uma ocorrência, juntamente com a Delegacia de Polícia Civil, além de um inquérito judicial de estelionato para mostrar que ela foi ludibriada por ele”, destacou o advogado.
O nome da mulher já foi retirado do quadro de sócios da construtora.
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