Bebê sofre fratura na clavícula durante parto

Pais da criança reclamam de demora para realizar tratamento pelo SUS

A mãe da criança, Damaris Cristina Chaves Nascimento, relatou que foi recomendado que ela fosse submetida a parto cesárea, depois de realização de ultrassom, devido ao tamanho e peso do bebê. Entretanto, a equipe médica do HRAD optou por parto normal.

A mãe e o pai de Lucca, Jorge Arthur Silva Olivieri, disseram ainda que não foram informados imediatamente do problema ocorrido com a criança durante o procedimento do parto.

Uma médica ortopedista que não fez parte da equipe que realizou o atendimento obstétrico, avaliou o quadro de Lucca e recomendou acompanhamento de um ortopedista e realização de fisioterapia.

Os pais foram informados que o HRAD não possui ambulatório para tratar a fratura e a unidade de saúde realizou o encaminhamento da criança para atendimento em outro local, via Sistema Único de Saúde.

A médica ortopedista sugeriu, caso houvesse demora no atendimento público, que as primeiras sessões de fisioterapia fossem realizadas na modalidade particular, caso a família tivesse condições financeiras, até que fosse iniciado atendimento na rede pública de saúde.

Até a atualização desta reportagem, em 13 de novembro, a família disse que ainda aguarda um posicionamento e autorização para realizar o tratamento do bebê pelo sistema público.

NOTA HRAD SOBRE O CASO:

A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (Faepu) informam que a paciente citada deu entrada no Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), com queixa de contrações. A gestação era de risco habitual, sem indicação de cesárea.

Durante os procedimentos do parto, ocorreu a distocia de ombro - emergência que acontece quando o ombro do bebê fica preso no osso púbico ou sacro da mãe durante o parto. O protocolo foi seguido e realizadas as manobras previstas para liberar a criança e garantir a segurança de ambos.

Os pais do RN receberam todas as orientações sobre o quadro clínico e condutas definidas para o seu tratamento, sendo realizados os exames e elaborados os documentos referentes ao encaminhamento para continuidade dos cuidados ambulatoriais no município de origem.

A gerência da unidade se encontra à disposição da família para qualquer esclarecimento necessário.